Ciências – PROFa Cida Fernandes
O
SISTEMA MUSCULAR
O sistema muscular é
formado por músculos, estruturas compostas por tecidos musculares.
A principal característica desses
tecidos é a capacidade de contração, que pode ser voluntária ou involuntária
dependendo do tipo em questão.
Existem três tipos de tecido
muscular: o estriado esquelético, o estriado
cardíaco e o não estriado.
Apesar
de existirem diferentes tipos de tecidos musculares, apenas um está relacionado
com a movimentação do corpo e nossa postura: o tecido muscular esquelético.
Os
músculos esqueléticos constituem praticamente 40% de todo o peso do nosso
corpo, sendo, portanto, a maior parte da musculatura do nosso organismo.
O tecido muscular esquelético permite que
façamos movimentos simples, como mover os olhos, e complexos, como os saltos
graciosos, porém difíceis, dos ginastas.
O tecido muscular
esquelético está ligado aos ossos e só se contrai após estímulos desencadeados
por terminações nervosas ligadas a cada fibra muscular.
A fibra muscular, também chamada de
miócito, é a unidade fundamental do músculo esquelético e é uma estrutura
alongada formada por miofibrilas.
A contração muscular permite que os
músculos tracionem os ossos ao qual estão conectados, permitindo assim a
movimentação.
Essa relação entre os músculos e os ossos podem
ser comparados aos sistemas
de alavancas e geralmente ocorre em decorrência da
contração de um músculo e o relaxamento de outro (antagonismo muscular).
A
eficiência de um músculo, assim como seu tamanho, está diretamente relacionada
com a realização de exercícios físicos.
A
falta completa de atividades pode levar à atrofia de um músculo, sendo assim,
quando uma pessoa fica por um período longo de tempo em unidades de terapia
intensiva faz-se necessária a realização de fisioterapia.
Sistema esquelético
O sistema
esquelético apresenta como funções principais promover a movimentação, produzir
células sanguíneas, proteger órgãos e funcionar como reserva de minerais.
O sistema esquelético é formado por um conjunto de ossos e estruturas
cartilaginosas que formam o chamado esqueleto.
Além de atuar na locomoção, o
esqueleto ajuda na proteção do nossos órgãos internos, sustenta nossos
músculos, produz células sanguíneas e atua como reserva de cálcio.
Os ossos do esqueleto estão em íntimo
contato com regiões chamadas de articulações
ósseas.
Essas articulações podem ser
móveis ou não. As móveis permitem a movimentação de um osso em relação ao
outro, diferentemente das imóveis, que não permitem tais movimentos.
O esqueleto pode ser dividido em duas
porções principais: o esqueleto
axial e o apendicular. O esqueleto axial é composto pelos ossos
do crânio, caixa torácica e coluna vertebral.
Já o esqueleto apendicular é formado
pelos ossos dos membros superiores e
inferiores.
Vale
destacar que a atividade física não é importante apenas para o sistema
muscular, tendo efeito positivo também sobre os ossos. Sabe-se que as
atividades físicas aumentam a massa óssea, entretanto, o mecanismo que explica
esse resultado ainda não foi completamente explicado.
Sabemos que a locomoção só é possível
graças a uma ação coordenada de ossos, músculos e articulações.
O sistema esquelético é essencial nesse
processo de movimentação e é formado por uma grande quantidade de ossos
perfeitamente interligados que recebe o nome de esqueleto.
Além do esqueleto, cartilagens,
tendões e ligamentos fazem parte desse sistema.
O esqueleto, com seus 206 ossos, atua
sustentando alguns tecidos, protegendo órgãos, auxiliando no movimento,
produzindo células do tecido sanguíneo e armazenando minerais.
Os ossos são formados por um tipo de
tecido conjuntivo denominado tecido
ósseo, que se caracteriza por ter uma matriz calcificada que confere
rigidez.
Esse tecido é formado por três tipos
celulares: os osteoblastos, osteoclastos e osteócitos.
Os osteoblastos estão relacionados principalmente com a
produção da matriz orgânica. Os osteoclastos atuam
promovendo a reabsorção do osso através da liberação de enzimas.
Por fim, temos os osteócitos, que são
células maduras que ajudam na manutenção da matriz e na reabsorção óssea em
resposta à estimulação do hormônio da paratireoide.
Podemos classificar o tecido ósseo em
dois tipos: compactos e esponjosos.
Os ossos compactos apresentam-se fortes e resistentes,
com poucos poros. Já os esponjosos apresentam
diversos espaços.
Os ossos do esqueleto também podem ser
classificados de acordo com sua forma em: ossos longos, ossos curtos, ossos
laminares, ossos irregulares e ossos sesamoides.
Os ossos longos são
aqueles que apresentam um comprimento maior que a largura. São constituídos por
uma haste (diáfise) formada por tecido ósseo compacto e duas extremidades
(epífises) formadas por um núcleo de osso esponjoso envolto por tecido ósseo
compacto. Como exemplo de ossos longos, podemos citar o úmero, o rádio e a
fíbula.
Os ossos curtos apresentam
as mesmas medidas de comprimento, largura e espessura. Como exemplo, podemos
citar os ossos do carpo e do tarso.
Os ossos laminares são aqueles que possuem
comprimento e largura equivalente, porém maiores que a espessura. São ossos
relativamente finos. São exemplos desse tipo de ossos a costela, a escápula e o
crânio.
Os ossos irregulares são
aqueles que possuem formato “diferente”, não podendo ser relacionados com
nenhuma das formas geométricas. Os ossos das vértebras e ossículos da orelha
são exemplos desse tipo de osso.
Os ossos sesamoides são
pequenos e arredondados e atuam ajudando na função de alavanca dos músculos. Um
exemplo é a patela, que é considerado o maior osso sesamoide do corpo.
O esqueleto pode ser dividido em duas
partes: o esqueleto axial e o apendicular.
No esqueleto axial, temos
o crânio, o osso hioide, as vértebras, costelas e esterno.
Já o esqueleto apendicular é
formado pelos membros superiores e inferiores, incluindo-se a cintura escapular
e a pélvica.
O local de encontro entre dois ossos é
chamado de articulação.
Existem diferentes tipos de articulação, sendo que algumas permitem o movimento
dos ossos (móveis) e outras os mantêm fortemente unidos (fixas).
Em uma articulação móvel, os ligamentos são
responsáveis por manter os ossos no seu devido lugar, permitindo que eles
resistam ao movimento.
Esses ligamentos são constituídos de
tecido conjuntivo fibroso e ligam-se à outra camada de tecido conjuntivo que
reveste os ossos (periósteo).
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