segunda-feira, 26 de outubro de 2020

CARACTERIZANDO OS SERES VIVOS - Profª Cida Fernandes- 3º Ano do Ensino Médio escola João Luis de Godoy -Entregar até 03 de Novembro de 2020

 

BIOLOGIA – PROFa Cida Fernandes

Acompanhe o conteúdo, Interprete-o e responda as questões que estarão disponíveis abaixo do conteúdo.Esta atividade deve ser respondida no link de questionário até a data:3/11/2020

Animais invertebrados

Os animais invertebrados são aqueles animais que não possuem coluna vertebral crânio. 

 

Os invertebrados - Muitos estão mais relacionados com vertebrados do que com outros invertebrados.

 

 Características

Comuns a todos os invertebrados:

·         Ausência de coluna vertebral e crânio.

·         Célula do tipo eucariótica, ou seja, suas células possuem núcleo delimitado pela membrana nuclear.

·         Nutrição heterotrófica, ou seja, todos necessitam alimentar-se de outros seres vivos, não sendo capazes de produzir seu próprio alimento.

·         São pluricelulares, ou seja, todos os invertebrados são formados por mais de uma célula. Vale destacar que a maioria possui tecidos e órgãos, porém essa característica está ausente em poríferos.

Grupos

Os invertebrados estão divididos em, aproximadamente, 33 filos diferentes.

 

Oito filos de invertebrados mais estudados são:3

 

·         Poríferos: 

 

Nesses animais não se verifica a presença de tecidos verdadeiros. Logo também não possuem órgãos e sistemas. São sésseis (não se movem) e podem viver sozinhos ou em colônias.

Os poríferos (Filo Porifera), também conhecidos popularmente como esponjas, são animais bastante simples que vivem exclusivamente no ambiente aquático.

 

Apresentam o corpo repleto de poros, daí o nome poríferos (do latim: porus = poro e ferre = possuidor).

 

Características gerais dos poríferos

 

Os poríferos são animais muito simples e que não possuem células organizadas em tecidos verdadeiros, assim, essas células apresentam certa independência.

 

Esses animais são sésseis e filtradores, ou seja, não se locomovem e retiram as partículas necessárias para a sua sobrevivência do ambiente aquático.

 

Algumas espécies apresentam grande capacidade de regeneração.

 

Variam muito de tamanho, apresentando desde alguns milímetros até vários metros.

 

Normalmente são assimétricos, mas podem ser observadas espécies com simetria radial.

 

 Ocorrem tanto em água doce quanto em água salgada; porém, há mais espécies marinhas.

 

Existem mais de 8000 espécies diferentes de esponjas descritas atualmente, as quais variam em cores e formatos.

 

O corpo dos poríferos.

 

O corpo dos poríferos é bastante simples, mas é possível observar diferentes arranjos internos.

 

 

A estrutura asconoide.


Observe acima as principais estruturas do corpo de uma esponja.

As esponjas apresentam um corpo geralmente cilíndrico e rico em poros.

 

Estes são formados por uma célula, que possui forma de anel, denominada de porócito.

 

Esses poros servem de local de entrada para a água, que segue para uma cavidade central (espongiocele ou átrio) e sai por uma grande abertura, chamada de ósculo.

 

No corpo desse animal, observa-se uma corrente de água constante.

 

O corpo das esponjas consiste em duas camadas de células, que se separam por uma camada gelatinosa chamada mesoílo.

 

 A superfície externa apresenta células achatadas, chamadas de pinacócitos, que formam a pinacoderme.

 

Essas células apresentam a capacidade de expandir e contrair suas margens, o que pode promover uma pequena variação no tamanho do animal.

 

O mesoílo apresenta-se como uma porção gelatinosa e nele se encontram amebócitos e material esquelético.

 

Os amebócitos apresentam movimentação por meio de pseudópodes e ajudam, entre outras funções, a transportar nutrientes para outras células e produzir materiais que formarão o esqueleto.

 

O material esquelético, por sua vez, é formado por espículas e/ou fibras de espongina.

 

 As espículas apresentam diferentes formas e tamanhos e podem ser formadas por sílica ou calcário.

 

Voltada para o interior da esponja, observa-se a presença de uma camada de células flageladas, chamadas de coanócitos. 

 

Esses flagelos estão voltados para o interior da espongiocele, e a agitação deles garante a movimentação da água no interior do corpo do animal e também a captura do alimento.

 

Os coanócitos apresentam projeções que formam uma espécie de colar em volta do flagelo. Por essa razão, são também denominados de células de colar.

 

·         Tipos de esponjas

O corpo das esponjas apresenta diferentes organizações.



As esponjas apresentam uma grande variedade de tamanho, cores e estrutura corporal.

·         Asconoide ou tipo Áscon: é o tipo mais simples, sendo observada uma parede fina, perfurada por poros, os quais se abrem na espongiocele. Esta se abre no ósculo. Normalmente, esponjas com essa estrutura tendem a ser pequenas.

 

·         Siconoide ou tipo Sícon: possuem corpo mais complexo, havendo dobras nas paredes. Nesse grupo, os coanócitos não revestem a espongiocele, sendo observados em canais radiais.

 

 

·         Leuconoide ou tipo Lêucon: tipo mais complexo de esponja, apresentando um grande grau de pregueamento do corpo. Possui diversos canais e, usualmente, o átrio desaparece ou se apresenta bem reduzido.

·          

Fisiologia dos poríferos

Os poríferos são animais que não possuem órgãos e sistemas, sendo assim, alguns processos fundamentais para a sua sobrevivência são bem diferentes de outros animais.

A digestão, por exemplo, não ocorre em um sistema digestório. São os coanócitos os responsáveis por retirar da água o alimento necessário para a esponja, fazendo, posteriormente, a digestão intracelular. 

 

Eles podem também transferir os alimentos aos amebócitos, que levam as substâncias para outras células.

 

As trocas gasosas ocorrem em todas as células dos poríferos por meio de difusão.

 

 No que diz respeito à excreção, esta também ocorre em todas as células, sendo os produtos nitrogenados liberados na água.

 

 

Reprodução dos poríferos

As esponjas podem reproduzir-se tanto de forma assexuada como de forma sexuada.

 

No que diz respeito à reprodução sexuada, devemos destacar que a maioria das esponjas é hermafrodita, ou seja, um mesmo indivíduo é responsável pela produção de gametas masculinos e femininos.

 

Entretanto, essa produção não costuma ocorrer ao mesmo tempo, sendo observada a produção de um tipo de gameta antes da produção de outro, uma condição chamada de hermafroditismo sequencial. Isso evita que ocorra a autofecundação.

 

Os gametas das esponjas não são produzidos em estruturas especializadas, sendo formados a partir dos coanócitos ou amebócitos.

 Os gametas masculinos são liberados na água, e a corrente de água transporta-os até outro indivíduo que está produzindo um gameta feminino, o qual fica no interior do corpo da esponja.

O gameta masculino é captado por um coanócito, que o transporta até o gameta feminino. Após a fecundação, forma-se uma larva livre e natante, que pode colonizar uma área longe da esponja parental.

 

A larva, então, fixa-se no substrato e desenvolve-se em uma esponja adulta e séssil.

Já com relação à reprodução assexuada, dois tipos podem ocorrero brotamento e a gemulação.

 

 No brotamento, formam-se brotos no corpo do animal, os quais podem desprender-se do corpo da esponja-mãe ou permanecer fixos a ele.

 

Na gemulação, por sua vez, formam-se estruturas reprodutoras denominadas de gêmulas, que são formadas por células indiferenciadas que possuem um envoltório. As gêmulas são capazes de permanecer em repouso em ambientes desfavoráveis, dando origem a uma nova esponja quando as condições ideais surgem.

 

Importância econômica dos poríferos

Os poríferos são animais de grande valor comercial. Algumas esponjas, por exemplo, produzem compostos que apresentam potencial antibacteriano e anti-inflamatório.

 

Atualmente vários estudos são realizados também para testar compostos produzidos por esses animais que apresentam ação importante contra células cancerígenas. Não podemos nos esquecer ainda de que, no passado, as esponjas eram usadas para o banho. Hoje, no entanto, utilizam-se esponjas sintéticas.

 


Cnidários: são um grupo de animais que vivem no ambiente aquático. O corpo dessas espécies apresenta simetria radial, e sua cavidade gastrovascular apresenta apenas uma abertura, a qual funciona para a entrada de alimentos e para a saída de resíduos.

 

Pode-se observar nesses animais duas variações no plano corporal: pólipos medusas.

 

Nesses animais consta a presença de células especializadas na eliminação de substâncias urticantes, chamadas cnidócitos.

 

 

 Nesse grupo temos o surgimento de tecidos, os quais permitem o desenvolvimento de importantes funções, como a natação e a capacidade de responder a estímulos.

 

Os cnidários apresentam formas sésseis e móveis, que recebem a denominação de pólipos e medusas, respectivamente. Atualmente são conhecidas cerca de 10.000 espécies de cnidários, sendo a maioria marinha. 

São exemplos de cnidários as anêmonas-do-mar e as águas-vivas.

 

Estrutura do corpo de um cnidário

 

Esses animais possuem simetria radial, ou seja, partes similares do corpo estão organizadas e repetidas ao redor de um eixo central.

Estruturas presentes no corpo de um cnidário.

 

Cnidários têm, no seu interior, um compartimento chamado de cavidade gastrovascular, no qual ocorre o processo de digestão.

 

Essa cavidade está conectada ao meio externo por uma única abertura, que atua como boca e ânus.

 

Denomina-se de superfície oral aquela que apresenta a boca e de superfície aboral o lado oposto a ela.

 

Ao redor da boca do cnidário, observa-se tentáculos que ajudam a capturar alimento.

Nesses tentáculos encontra-se uma grande quantidade de células especializadas chamadas de cnidócitos, que ocorrem por toda a epiderme, mas são mais numerosas nessa região.

 

Um cnidócito caracteriza-se por ser uma célula redonda ou ovoide e possuir organelas chamadas de cnidas, que têm formato de cápsula.

 

 

Os nematocistos são o tipo mais comum de cnidas. São uma cápsula que contém um filamento enrolado, que é disparado quando estimulado química ou mecanicamente.

 

Esse filamento perfura o corpo da presa e garante a injeção de uma substância urticante, que pode causar lesão dolorosa, paralisia e até mesmo a morte.

 

 

A parede do corpo do cnidário é formada por duas camadas de célula: uma epiderme mais externa, a qual é derivada da ectoderme, e uma camada mais interna, chamada de gastroderme, a qual é derivada da endoderme.

 

Os cnidários são animais diblásticos, pois seus corpos são formados com base em dois folhetos embrionários: a ectoderme e a endoderme.

 

Entre a gastroderme e a epiderme está presente a mesogleia, que possui consistência gelatinosa.

 

A mesogleia, geralmente, não apresenta células.

·         Pólipos e medusas



As medusas são uma forma de vida livre e natante.

A estrutura corporal dos cnidários apresenta duas variações: o pólipo e a medusa.

 

Alguns cnidários passam toda a sua vida como apenas uma forma, ou seja, sendo pólipo ou medusa. Algumas espécies, no entanto, apresentam um estágio polipoide e outro medusoide durante o ciclo de vida.

 

 

·         Pólipo: forma de vida geralmente séssil, ou seja, que não apresenta uma movimentação ativa. Algumas espécies, no entanto, são capazes de mover-se quando ameaçadas, por exemplo.

 

·          Os pólipos apresentam forma cilíndrica e estão associados ao substrato pela superfície aboral. A extremidade que não está aderida ao substrato apresenta a boca do animal, rodeada por tentáculos que o ajudam a capturar suas presas. Hidras e anêmonas-do-mar são exemplos de pólipos.

 

·          

·         Medusa: forma de vida que se move ativamente. As medusas apresentam formato de sino e boca voltada para baixo bem como seus tentáculos. Apresentam uma mesogleia bem desenvolvida, diferentemente da forma polipoide. Águas-vivas são exemplos de medusas.

 

Fisiologia dos cnidários


Os corais são representantes do filo Cnidaria e responsáveis pela formação dos recifes de corais, um ecossistema muito rico.

·         Digestão nos cnidários: é extracelular e intracelular. Inicia-se no interior da cavidade gastrovascular, em que enzimas são liberadas, e depois é completada no interior de células gastrodérmicas, as quais revestem essa cavidade. O que não foi absorvido pelo animal sai para fora do corpo pela boca.

 

·         Excreção e trocas gasosas nos cnidários: não apresentam um sistema excretor, desse modo, a excreção dos produtos resultantes do metabolismo é feita, por difusão, pela superfície corporal.

 

·         As trocas gasosas nesses animais também ocorrem na superfície dos seus corpos.

·         Percepção de estímulos nos cnidários: possuem células nervosas espalhadas por todo seu corpo.

 

·         Isso permite que os impulsos sejam transmitidos em todas as direções. O sistema nervoso desses animais é chamado de sistema nervoso difuso. 

 

·         Os cubozoários apresentam olhos complexos, os quais possuem uma lente e um arranjo retiniforme com células sensoriais

 

·         As medusas apresentam ainda estruturas chamadas de estatocistos, responsáveis pelo sentido de equilíbrio.

 

 

Classificação dos cnidários

 

Podemos classificar o filo Cnidaria em quatro classesHydrozoaScyphozoa, Cubozoa Anthozoa.


As anêmonas-do-mar são pólipos e exemplos de antozoários.

·         Classe Hydrozoahidrozoários têm representantes com grande variedade de formas e ciclos de vida. A sua maioria alterna, em seu ciclo de vida, formas polipoides e medusoides. A hidra é um exemplo de hidrozoário.

 

·         Classe Scyphozoaobserva-se que o estágio do ciclo de vida dominante é o de medusa. Geralmente, os pólipos são pequenos e assemelham-se a medusas jovens. Em algumas espécies, a fase de pólipo não é observada. Um representante é a Aurelia

 

·         Classe Cubozoacnidários com estágio medusoide em forma de cubo. Esse grupo possui uma das espécies mais mortais que se conhece: a vespa-do-mar (Chironex fleckeri).

 

 

 

·         Essa espécie apresenta uma toxina mais potente do que o veneno de algumas espécies de cobra, a qual pode provocar dor intensa, dificuldade respiratória, parada cardíaca e morte em questão de poucos minutos.

 

·         Classe Anthozoaos antozoários não têm o estágio de medusa durante o seu ciclo de vida. Os pólipos dessa classe podem estar sozinhos ou formando colônias. Anêmonas e corais pertencem ao grupo.

 

 

Reprodução dos cnidários

Os cnidários podem reproduzir-se de maneira sexuada ou assexuada

 

Nas hidras, o brotamento, um tipo de reprodução assexuada, é muito comum nas estações mais quentes do ano. Nesse processo, observa-se o desenvolvimento de um broto na parede do corpo do animal, o qual se destaca e torna-se uma hidra independente. O brotamento é também observado em outras espécies de cnidários.


Observe as etapas da reprodução por brotamento.

Os cnidários também se reproduzem de maneira sexuada.

 

 

Iremos exemplificar esse tipo de reprodução citando a reprodução das hidras, as quais, em sua maioria, são dioicas (possuem sexos separados).

 

 

Nesses animais, ocorre a liberação do espermatozoide na água, o qual encontra o ovo que havia sido produzido no ovário e se encontra no corpo de outra hidra. Após a fecundação, segue-se uma série de divisões celulares.

 

À medida que essas divisões ocorrem, forma-se uma espécie de cápsula em volta do embrião. Essa cápsula rompe-se e dela emerge uma hidra jovem.

 

 Em algumas espécies de cnidários, pode formar-se uma larva plânula.

 

·         Alternância de geração nos cnidários

 

Em algumas espécies de cnidários, observa-se, no ciclo de vida, a chamada alternância de gerações ou metagênese. No hidrozoário Obelia, por exemplo, temos uma fase de pólipo assexuado e uma fase de medusa sexuada.

Nesse ciclo a fase de pólipo reproduz-se por brotamento, dando origem a várias medusas.

As medusas machos produzem espermatozoide e as medusas fêmeas produzem óvulos.

Os gametas encontram-se na água e formam um zigoto, que levará à formação de uma larva plânula.

Essa larva fixa-se no substrato e desenvolve-se em um novo pólipo.


Platelmintos: 

São encontrados em diferentes habitat, existindo espécies de vida livre e também espécies parasitas.


Platelmintos possuem como principal característica o corpo achatado, mole, fino, comprido e sem patas.

 São triblásticos, sem celoma, com simetria bilateral, cabeça, tubo digestivo incompleto ou ausente - na maioria dos parasitas, visto que a alimentação é proveniente do hospedeiro.

Não possuem sistemas respiratório e circulatório.

A excreção se dá por células denominadas células-flama e o sistema nervoso possui gânglios nervosos e dois cordões nervosos.

As tênias e planárias podem se reproduzir de maneira assexuada, sendo que está também se reproduz sexuadamente e o esquistossomo também.

 O filo dos platelmintos se divide nas classes turbelária, trematódea e cestoda.

 

Para prevenir as doenças causadas pelos representantes da classe cestoda e trematódea, medidas de saneamento básico, como tratamento de água e esgoto e construção de fossas sépticas, são cruciais.

Evitar contato com água onde está presente o caramujo do gênero Biomphalaria, controle destes e uso de botas e luvas de borracha em regiões alagadiças são medidas importantes para se evitar a esquistossomose.

Quanto às tênias, evitar se alimentar de carne mal passada ou crua e hábitos de higiene são essenciais para se prevenir da teníase e cisticercose.



Nematódeos:

 

São animais encontrados em vários ambientes, apesar de serem conhecidos, principalmente, pelas espécies parasitas.

Esses animais apresentam corpo fusiforme (alongado com extremidades mais estreitas) e possuem uma cutícula que reveste todo o corpo.

A ascaridíase é o resultado da infestação do helminto Ascaris lumbricoides no organismo, sendo mais frequentemente encontrado no intestino.

Aproximadamente 25% da população mundial possui estes parasitas, sendo tais ocorrências típicas de regiões nas quais o saneamento básico é precário.

Este patógeno, conhecido popularmente como lombriga, tem corpo cilíndrico e alongado, e pode chegar até 40 centímetros de comprimento. Fêmeas são maiores e mais robustas que os machos; e estes apresentam a cauda enrolada. Surpreendentemente, um único hospedeiro pode apresentar até 600 destes indivíduos.

contaminação por ele se dá pela ingestão de seus ovos, geralmente encontrados no solo, água, alimentos e mãos que tiveram um contato anterior com fezes humanas contaminadas.

No intestino delgado, liberam larvas que atravessam as paredes deste órgão e se direcionam aos vasos sanguíneos e linfáticos; se espalhando pelo organismo.

Atingindo a faringe, estas podem ser liberadas juntamente com a tosse ou muco; ou, ainda, serem deglutidas, alcançando novamente o intestino. Lá, reproduzem-se sexuadamente, permitindo a liberação de alguns dos seus aproximados 200 mil ovos diários, pelas fezes, propiciando a contaminação de outras pessoas.

Devido ao espalhamento das larvas, febre, dor de barriga, diarreia, náuseas, bronquite, pneumonia, convulsões e esgotamento físico e mental são alguns sintomas que podem se apresentar; dependendo do órgão que foi afetado. Entretanto, em muitos casos a verminose se apresenta assintomática.

Para diagnóstico, é necessário que se faça exames de fezes, onde podem ser encontrados os ovos deste animal. Existe tratamento, que é feito com uso de fármacos e adotando medidas de higiene básica.

Quanto à prevenção, ingerir somente água tratada, lavar bem frutas e legumes antes de ingeri-los, lavar sempre as mãos, não defecar em locais inapropriados, dente outras, fazem parte desta lista.

 

Moluscos: 

Os moluscos são animais predominantemente marinhos e de vida livre, podendo, inclusive viver fixos ou enterrados.

São conhecidas aproximadamente 50.000 espécies viventes, divididas em oito classes - entre as quais se destacam a classe dos gastrópodes, pelecípodes e cefalópodes - e 35.000 fósseis.

Gastrópodes são representados por caracóis, lapas, lesmas terrestres e marinhas, búzios, lotirinas, lebres-do-mar e borboletas-do-mar. É a classe mais diversificada do filo.

Quando possuem concha, é uma peça única, podendo ser enrolada. São geralmente vagarosos, devido ao peso desta, principal forma de defesa. Para alimentação, todos utilizam rádula (órgão que permite ao animal raspar o alimento).

Pelecípodes, também conhecidos como bivalves, são representados pelos mexilhões, vieiras, ostras e teredos.

 Seus pés possuem forma de machado e há a presença de concha com duas valvas. A maioria são comedores de materiais filtrados e não possuem cabeça nem rádula.

Na classe dos Cefalópodes, lulas, polvos, náutilos e sibas são representantes, podendo ter conchas internas ou ausentes. São predadores ativos, encontrados em altas profundidades.

Este filo abriga animais de corpo mole (molusca!) e com simetria bilateral; triblásticos (três folhetos embrionários) e não segmentados; com corpo revestido por um epitélio simples, com cílios e glândulas mucosas.

 

São protostômios (no desenvolvimento embrionário, formam primeiro a boca e, depois, o ânus) e possuem celoma, um espaço preenchido por líquido no interior do organismo que, no caso dos moluscos, está localizado ao redor do coração e ao redor das gônadas e dos rins.

A reprodução é exclusivamente sexuada. Na maioria, os sexos são separados, embora existam espécies hermafroditas.

A fecundação pode ser interna ou externa. O desenvolvimento pode ser direto ou indireto, alguns possuindo larva trocófora, similar à dos anelídeos marinhos, indicando que esses animais possuem ancestral em comum.

É presente uma estrutura denominada manto, que se apresenta com modificações para desempenhar diversas funções e, na maioria dos casos, secreta uma concha. Além do manto, possuem pés e olhos bastante desenvolvidos – estes dois localizados na cabeça.

Quanto à alimentação, podem ser herbívoros, carnívoros predadores, comedores de materiais filtrados, detritívoros e parasitas. O sistema digestivo é completo e alguns possuem rádula.

A excreção se faz por rins. O sistema nervoso é muito centralizado e do tipo ganglionar. Há estruturas sensoriais, tácteis, visuais, quimiorreceptoras e de equilíbrio.

O sistema circulatório possui coração, vasos e seios sanguíneos e é, na maioria dos representantes, aberto, embora a maioria dos cefalópodes possuam ele fechado.

 A respiração pode ser cutânea, branquial ou pulmonar.

Muitas espécies são utilizadas como alimento. Botões de madrepérola e pérolas são oriundas de conchas de bivalves e “tinta” usada por polvos como defesa era bastante usada em canetas de artistas e arquitetos.

Alguns moluscos podem, também, ser danosos: alguns podem perfurar cascos de navios e âncoras de madeira (alguns bivalves), devastar plantações e jardins (caracóis e lesmas), ser hospedeiros de agentes patológicos (caramujos do gênero Biomphalaria), destruir ostras (caramujo perfurador), etc.

 



Anelídeos: 

Apresentam corpo dividido em anéis.

Anelídeos (Filo Annelida) são animais de corpo segmentado que vivem em diferentes ambientes, como água doce e solo úmido.

Atualmente são conhecidas cerca de 16.500 espécies, sendo a minhoca a representante mais conhecida. São animais triblásticos, celomados e que apresentam simetria bilateral.

 O filo é dividido em poliquetas, oligoquetas e hirudíneos, sendo um dos critérios para essa classificação a presença de cerdas.

Vivem em ambientes variados, sendo encontrados em ambiente marinho, em água doce e em solo úmido. 

 

Possuem representantes de diversos tamanhos, existindo organismos com menos de 1 mm e até com mais de 3 m, sendo esse o caso da minhoca gigante australiana.

 

Os anelídeos são animais triblásticos (possuem três folhetos embrionários:

 

- Endoderme, mesoderme e ectoderme), 

 

Os celomados (possuem uma cavidade corporal revestida por tecido derivado da mesoderme chamada de celoma)

 

Os protostômios (o blastóporo origina a boca). Seu corpo é mole e seu celoma é cheio de líquido, atuando, desse modo, como um esqueleto hidrostático.

 

 

A organização do corpo em uma série de segmentos semelhantes é chamada de metameria.

 

 O corpo de um anelídeo apresenta três regiões, denominadas prostômio, tronco e pigídio.

 

A parte anterior do corpo é chamada de prostômio e é onde o cérebro do animal está.

 

tronco é formado pelos segmentos do animal e é onde se encontra a maioria dos sistemas.

 

A parte terminal do corpo, por sua vez, é chamada de pigídio e é onde o ânus é encontrado.

 

O corpo dos anelídeos é revestido por uma cutícula colágena fibrosa, que recobre um epitélio que apresenta células glandulares e também sensoriais.

 

 A parede do corpo do animal apresenta camadas de músculos circulares e longitudinais.

 

O sistema digestório dos anelídeos é completo, iniciando-se na boca, localizada anteriormente, e finalizando-se no ânus, na região posterior do corpo.

 

O trato digestivo é tubular e estende-se por todo o corpo do animal, atravessando cada septo.

 

Os anelídeos alimentam-se de diferentes produtos, existindo espécies carnívorasherbívoras e até parasitas.

 

 

Os sistema circulatório desses animais é fechado, com o sangue correndo, portanto, no interior dos vasos.

 

plasma sanguíneo apresenta hemoglobina dissolvida, sendo essa molécula responsável pelo transporte de oxigênio no animal.

 

A respiração dos anelídeos pode ser realizada de diferentes formas. Algumas espécies apresentam respiração cutânea, e, também  respiração branquial. 

 

Poliquetas, observa-se a presença de estruturas chamadas de parapódios, que atuam, entre outras funções, como brânquias.

 

 O sistema excretor dos anelídeos é formado por um par de nefrídeos por segmento.

 

Na maioria dos anelídeos, como as minhocas, observa-se a presença de metanefrídeos, estruturas que coletam o líquido diretamente do celoma do animal.

 

Os anelídeos apresentam um sistema nervoso que é formado um par de gânglios cerebrais, também chamados de cérebro, e conectivos para um ou dois cordões nervosos que se estendem por todo o comprimento do corpo do animal.

Em cada segmento, observa-se a presença de gânglios nervosos e nervos laterais.

 

 

Artrópodes: 

 

Representam o grupo com maior diversidade de espécies conhecidas.

 

A presença de um exoesqueleto e de apêndices articulados é característica marcante nesses animais.

 

O exoesqueleto é rico em quitina e ajuda na proteção do animal. Por ser rígido, impede o crescimento, fazendo com que o animal troque regularmente esse esqueleto externo

 

Os artrópodes (Filo Arthropoda) são animais invertebrados que apresentam grande sucesso evolutivo, sendo estimada a existência de cerca de um bilhão de bilhões de espécies (1018) diferentes vivendo no planeta.

Esse grupo apresenta grande importância, tanto ecológica quanto econômica. As abelhas, por exemplo, são polinizadoras de uma grande quantidade de espécies vegetais.

Muitos crustáceos servem de alimento para o homem, sendo esse o caso da lagosta e do camarão.

 

Não podemos nos esquecer ainda de que alguns insetos são vetores de doenças e de que animais como lacraias, aranhas e escorpiões podem causar vários acidentes com humanos.

Características gerais dos artrópodes

 

Os artrópodes são um grupo muito diversificado de animais, entretanto podemos observar algumas características em comum nas diferentes espécies.

Todos os artrópodes são animais protostômios (o blastóporo origina a boca).

 

Triblásticos , apresentam:

 

Três folhetos embrionários: 

endoderme, mesoderme e ectoderme), celomados (possuem uma cavidade corporal revestida por tecido derivado da mesoderme chamada de celoma),

 

Apresentam simetria bilateral (divisão imaginária que divide o corpo em duas partes iguais), corpo segmentado e apêndices articulados.

 

Apêndices relacionados com a locomoção, defesa, alimentação, função sensorial e reprodução.

 

A presença desses apêndices articulados, corpo segmentado e exoesqueleto contribuíram para o sucesso do grupo.

 

A presença de um exoesqueleto (esqueleto externo) de quitina é uma característica marcante nesses invertebrados.

 

Ele protege o corpo do animal, além de funcionar como ponto de fixação para os músculos que atuam na movimentação dos apêndices e evitar a perda excessiva de água.

 

Essa estrutura também impede o crescimento do animal. Isso faz com que, de tempos em tempos, o artrópode tenha que fazer a troca do exoesqueleto, em um processo conhecido como muda ou ecdise. 

 

Durante essa troca, o invertebrado fica muito vulnerável à ação de predadores, uma vez que o esqueleto recém-formado é ainda muito delicado.

 

sistema circulatório dos artrópodes é do tipo aberto, ou seja, o sangue não corre exclusivamente dentro de vasos, sendo lançado em espaços que circundam os tecidos e órgãos.

O líquido que circula no corpo desses animais é denominado de hemolinfa.

 

O Sistema respiratório.

 

 Algumas espécies apresentam respiração branquial (maioria das espécies aquáticas); algumas, pulmões foliáceos (aracnídeos); e há também sistemas traqueais, sendo esse último observado na maioria dos insetos.

 

sistema digestório é completo e com digestão extracelular.

 

O sistema excretor também varia entre os grupos. Insetos e outros artrópodes, por exemplo, possuem túbulos de Malpighi, tubos finos que partem do trato digestório. 

 

Além do túbulo de Malpighi, outros órgãos de excreção observados são as glândulas antenais, que liberam resíduos na base das antenas, e as glândulas coxais, que apresentam os poros excretores abrindo-se nas coxas.

 

Nos artrópodes, observa-se um alto grau de cefalização, sendo seu sistema nervoso constituído por um cérebro anterior dorsal, seguido de um cordão nervoso ventral, que apresenta inchaços ganglionares nos segmentos.

 

Os artrópodes apresentam órgãos dos sentidos bastante desenvolvidos, verifica a presença, por de olhos e receptores olfativos.

 

A reprodução é, em sua maioria, sexuada, mas também ocorre reprodução assexuada.

 

As abelhas, por exemplo, produzem zangões por partenogênese. A fecundação interna é a mais comum, e o desenvolvimento pode ser direto (não sofre metamorfose) ou indireto (sofre metamorfose).



EXOESQUELETO NOS ARTRÓPODES

 

 

 

 

 

 

ARTRÓPODES – ORDEM DOS ARACNÍDEOS

 

As aranhas são artrópodes pertencentes à Classe Arachnida, a mesma dos escorpiões, apresentando corpo dividido em cefalotórax e abdome, com quatro pares de pernas, apêndices, quelíceras e fiandeiras.

Logo, não são insetos, já que não pertencem à Ordem Insecta.

A Ordem Araneae, a qual as aranhas pertencem, é um dos maiores grupos animais no que diz respeito à sua diversidade.

Existindo em nosso país mais de 12 mil espécies. São muito importantes no controle populacional de diversos invertebrados – inclusive insetos.

Em razão de a maioria das espécies construírem teias, desempenhar estratégias muito surpreendentes de predação, e também possuir veneno, são animais que, além de curiosidade, despertam medo nas pessoas.

Entretanto, acidentes não são tão frequentes, e ocorrem quando estes se sentem ameaçados.

Por isso, é necessário ter bastante cuidado, por exemplo, ao calçar um sapato sem antes verificar se não há nada dentro dele.

Três são os gêneros das aranhas peçonhentas encontradas no Brasil: Phoneutria, Latrodectus e Loxosceles; abrigando as armadeiras, viúvas-negras e aranhas-marrom, respectivamente.

 

A partir destes dados, outra informação importante é a de que aranhas caranguejeiras não inoculam veneno.

Quanto às armadeiras, estas pertencem a um dos grupos mais agressivos. No momento do ataque, elas levantam suas patas dianteiras e, apoiadas sobre as traseiras, saltam em direção ao alvo.

A maioria dos acidentes envolvendo aranhas é causada por animais pertencentes a este gênero, provocando dor intensa, vermelhidão, pequeno inchaço e sudorese local. 




Equinodermos:

 

São animais marinhos que apresentam um endoesqueleto formado por placas calcárias rígidas.

 

 Eles possuem um sistema formado por uma rede de canais hidráulicos que se ramificam formando os chamados pés ambulacrais. Que garantem a movimentação desses animais. 

São conhecidas aproximadamente 6000 espécies pertencentes ao filo Echinodermata.

Esses animais de epiderme e esqueleto interno calcários são triblásticos, celomados, sem metameria e deuterostômios, podendo apresentar espinhos.

De hábito exclusivamente marinho, podem viver livres ou presos por pendúnculo, na região bentônica.

No estágio larval, possuem simetria bilateral e, quando adultos, simetria radial.

O sistema hidrovascular (ou ambulacral), uma característica peculiar do filo, desempenha funções de locomoção, fixação e captura de alimentos.

Além disso, auxilia na respiração e excreção. Ele consiste em canais cheios de água marinha, que penetram no corpo por uma placa perfurada denominada madreporito, e se comunicam com os pés ambulacrais, presentes na superfície do corpo.

A pressão exercida na água pelos pés ambulacrais permite a locomoção, fixação e captura de alimentos desses animais.

 

 

 

O sistema digestório é completo, com digestão extracelular.

O sistema circulatório pode ser ausente ou reduzido, dependendo da espécie, sendo as substâncias predominantemente distribuídas via celoma.

O sistema respiratório pode ser reduzido ou ausente. No primeiro caso, a respiração é branquial.

 

Não há sistema excretor: as excreções são lançadas diretamente no sistema hidrovascular.

O sistema nervoso é composto por um anel nervoso que circunda a boca, local onde estão os nervos radiais. Podem existir olhos simples, células táteis e olfativas.

A reprodução é sexuada. Os animais, dioicos, liberam os gametas na água. Após a fecundação, há o desenvolvimento de um ou mais tipos de larva, até que atinjam a idade adulta. Possuem excelente capacidade de regeneração.

Este filo possui duas classes e algumas subclasses:

 

CLASSE STELLEROIDEA: Compreende os indivíduos que apresentam corpo com braços.

 

Subclasse Asteroidea:

Representada pelas estrelas-do-mar, habitantes de costas marinhas, praias e rochas.

Possuem, geralmente, cinco braços, sendo que estes não partem de um disco central. São carnívoras e necrófagas.

Subclasse Ophiuroidea:


Representada pelas serpentes-do-mar: animais noturnos que, durante o dia, se enterram no substrato ou se escondem sob pedras ou plantas.

 

São parecidos com as estrelas-do-mar, mas seus braços são mais longos, esguios e articulados, e partem do disco central. São raspadores e necrófagos

 

CLASSE HOLOTHUROIDEA


Representada pelos pepinos-do-mar, indivíduos de corpo alongado e mole, em razão da ausência de carapaça. Vivem, geralmente, enterrados. São comensais e parasitas de algumas espécies de anelídeos, caranguejos e peixes.


Animais de corpo arredondado, sem braços, com espinhos móveis e delgados: bolacha-de-praia e ouriço-do-mar. Os primeiros se alimentam de partículas orgânicas; os ouriços, de plantas marinhas e partículas orgânicas, e vivem em fendas de rochas circundadas pela água do mar. Possuem menor capacidade de regeneração.

CLASSE CRINOIDEA



Representada pelos lírios-do-mar, animais de braços ramificados e bastante brilhantes. Vivem em locais mais profundos, inclusive na região abissal, fixados por pedúnculo ao solo ou a recifes. Alimentam-se de plâncton microscópico e detritos.


O ouriço-do-mar pertence à classe Echinoidea dos equinodermos

 

Os invertebrados

 

São encontrados nos mais variados ambientes, não sendo possível descrever apenas um habitat para essas espécies. Encontramo-los, por exemplo, no ambiente marinho e de água doce e no ambiente terrestre.

 

Existem ainda espécies que vivem no corpo de outros animais, sendo essas chamadas parasitas

 

Aquáticos

Os animais invertebrados podem ocupar diferentes habitat, sendo o aquático um deles. Existem espécies que vivem em água doce e também em água salgada e salobra.

 

São exemplos de animais invertebrados aquáticos:

1.     Águas-vivas

2.     Anêmona-do-mar

3.     Esponjas

4.     Hidra

5.     Lagosta

6.     Lulas

7.     Marisco

8.     Ouriços-do-mar

9.     Planárias

10.   Polvos

 

→ Terrestres

Os animais invertebrados podem também ocupar o habitat terrestre. São exemplos de animais invertebrados terrestres:

·         Abelha

·         Aranha

·         Borboleta

·         Cupim

·         Escorpião

·         Formiga

·         Lacraia

·         Minhoca

·         Mosca

·         Piolho-de-cobra

 

 Curiosidades



A lula é um animal utilizado na alimentação.

·         Os invertebrados correspondem a, aproximadamente, 95% das espécies de animais existentes em nosso planeta.

·         A lula-gigante (Architeuthis dux) é considerada o maior invertebrado e pode atingir 18 metros de comprimento.

·          

·         A minhoca-gigante-australiana pode atingir até três metros de comprimento.

·         As espojas foram confundidas, pelos gregos, com plantas.

·         As sanguessugas (anelídeos) foram usadas por bastante tempo, na Medicina, em sangrias — uma técnica que consiste na retirada de uma certa quantidade de sangue para o tratamento de doenças.

·         A aranha-golias-comedora-de-pássaros (Theraphosa blondi) é a maior aranha do mundo e pode apresentar pernas de cerca de 30 centímetros.

 

·         A água-viva da espécie Turritopsis nutricula é capaz de rejuvenescer-se.

 

 

·         Uma tênia pode eliminar até 700 mil ovos por dia.

·         Uma formiga carrega, em média, 50 vezes o seu peso.

·         Uma pulga pode saltar cerca de 50 cm de altura.

·         A tênia do peixe (gênero Diphyllobothrium) pode viver até 25 anos de idade.

 


Os invertebrados são animais que não apresentam coluna vertebral e crânio.

 

SIMETRIA CORPORAL DOS ANIMAIS

A simetria corporal pode ser definida como semelhanças entre as partes externas de um determinado organismo quando elas são separadas por planos reais ou imaginários que passam pelo seu centro. Chamamos de plano de simetria a superfície capaz de dividir o organismo em duas partes.

Um animal pode apresentar simetria radial, bilateral ou não apresentar simetria. Esse último caso não é muito comum, ocorre em poucas espécies, como algumas esponjas.




Como o corpo da estrela-do-mar é organizado em cinco raios, dizemos que a simetria é pentarradial

 

simetria radial é aquela em que o corpo do animal pode ser dividido em vários planos dispostos em torno de um eixo longitudinal. Animais com esse tipo de simetria recebem o nome de radiados. Em face dessa característica, não podemos afirmar que eles possuem região dorsal e ventral, lado esquerdo e direito ou cabeça e cauda. Esse grupo é representado pelos cnidários e equinodermos adultos.

simetria bilateral é aquela em que o animal apresenta duas partes semelhantes, sendo dividido apenas por um único plano de simetria. Os humanos apresentam simetria bilateral, sendo que o lado esquerdo e o direito são a imagem especular um do outro. São exemplos de animais que apresentam essa característica os artrópodes, os platelmintos e larvas de equinodermos.

 

 

 

 

OS ANIMAIS VERTEBRADOS

 

Pertencentes ao reino Animalia e filo Chordata, os animais vertebrados fazem parte do grupo de seres vivos mais evoluídos do planeta.

Os animais cordados (Chordata) são deuterostômios e são classificados em três grandes subgrupos ou subfilos: Urochordata (urocordados), Cephalochordata (cefalocordados) e Craniata (craniados, grupo que inclui os vertebrados).

 Os craniados são formados por indivíduos que têm crânio protegendo o encéfalo. É representado pelos peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.

O número de animais vertebrados é inferior ao de invertebrados, chegando a aproximadamente 50.000 espécies.

Esses animais habitam os mais diversos ambientes, como o terrestre, aquático ou aéreo. Os vertebrados podem ser avistados em desertos, florestas, mares, rios, cavernas, brejos, etc.

São animais com ótima capacidade adaptativa, sendo encontrados nos mais variados climas, desde regiões com temperaturas muito frias ou muito quentes.


link do video: https://www.youtube.com/watch?v=4dY6q5a3ZRY&feature=youtu.be


Características dos animais vertebrados

Os vertebrados têm como característica principal a medula espinhal e a coluna vertebral, que é formada por vértebras.

Esses animais possuem músculos e esqueleto, fazendo com que realizem movimentos mais complexos que os invertebrados.

A maior parte dos vertebrados possui o sistema nervoso bem desenvolvido, tendo o sistema central composto pelo cérebro e medula espinal.


Os vertebrados têm como característica a presença de crânio e medula espinhal (Foto: depositphotos)

Os vertebrados inferiores são controlados predominantemente pelo cérebro, que desempenha o comando das funções dos órgãos sensoriais.

Os vertebrados superiores têm o cérebro maior, que permite a troca de informações mais intensa entre as diversas partes do organismo.

Os músculos (estriado esquelético, cardíaco e liso) e o esqueleto interno formam estruturas necessárias para que os animais se adaptem a forma de vida que levam.

Na formação de órgãos, encontram-se responsáveis os tecidos: conjuntivo, epitelial, sanguíneo, muscular e nervoso.

Todos os animais vertebrados possuem cabeça e crânio circundando o encéfalo, que é formado por prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo.

Na fase embrionária, eles possuem a crista neural, que forma estruturas como as cefálicas.

O sistema de respiração desses animais se dá através de brânquias, pulmões ou ainda pela pele.

Craniados e vertebrados

O nome vertebrado tem sido empregado para todos os cordados que não sejam urocordados ou cefalocordados.

 Embora esse nome faça referência à presença de vértebras, formando a coluna vertebral, nem todos os chamados vertebrados as possuem.

Em exemplo disso são as feiticeiras, que não têm vértebras, mas possuem crânio.

No decorrer da evolução, o crânio surgiu antes das vértebras e todos os animais que possuem vértebras têm crânio.

Em função disso, há pesquisadores que preferem usar o termo Craniata para se referir a todos os cordados que possuem crânio, deixando o termo Vertebrata para cordados que, além do crânio, possuem vértebras, que fazem parte do endoesqueleto cartilaginoso ou ósseo.

Entre os craniados há representantes adaptados aos ambientes aquático, terrestre e aéreo. O tamanho dos animais desse grupo varia desde os muito pequenos, como alguns peixes de cerca de 0,1 grama, até animais muito grandes, como as baleias, que chegam a 170 toneladas.

Os craniados diferem dos outros animais por uma série de características.

 A pele é formada por duas camadas: a epiderme, mais externa e a derme, mais interna.

A epiderme é sempre multiestratificada, isto é, formada por várias camadas de células, enquanto a dos demais animais é sempre uniestratificada.

A derme é um tecido rico em vasos sanguíneos e em estruturas sensoriais.

No desenvolvimento embrionário dos vertebrados surgem as membranas extraembrionárias.

Primeiramente, o saco vitelino nos peixes, depois o âmnion, o córion e o alantoide nos répteis, nas aves e nos mamíferos.

Saco Vitelino

O saco vitelino ou vitelínico é uma bolsa que abriga o vitelo e participa do processo de nutrição do embrião. Ele se liga ao intestino e é bem desenvolvido em peixes, répteis, aves e mamíferos ovíparos.

 Nos mamíferos vivíparos, o saco vitelino é reduzido.

Âmnion

O âmnion, ou âmnio, é uma estrutura extraembrionária que envolve completamente o embrião, delimitando uma cavidade denominada cavidade amniótica. Essa cavidade contém o líquido amniótico, cuja função é proteger o embrião contra choques mecânicos e contra dessecação.

Córion

O córion, cório ou serosa é uma membrana que envolve o embrião e todas as demais membranas extraembrionárias.

Alantoide

A alantoide é uma membrana extraembrionária cuja função nos répteis ovíparos e nas aves é armazenar excreta nitrogenada e participar das trocas gasosas, neste último caso com o córion.

A excreta nitrogenada eliminada por embriões de vertebrados ovíparos é o ácido úrico, insolúvel em água e atóxico, podendo ser armazenado no interior do ovo sem contaminar o embrião.

 Nos mamíferos não ovíparos, que é o caso da maioria, a alantoide é reduzida, sendo sua função substituída pela placenta.

O surgimento do chamado ovo amniótico foi um dos fatores importantes no sucesso da conquista do ambiente terrestre pelos vertebrados.

 Anfíbios e peixes são animais anamnióticos, mas os demais vertebrados são amnióticos.

O saco vitelino, que armazena substâncias nutritivas, já existia antes da evolução do ovo amniótico.

As demais estruturas (âmnion, alantoide, córion e casca) surgiram com o ovo amniótico.

Curiosidade

Nem todos os animais considerados vertebrados possuem vértebras, de fato, é o caso das feiticeiras e lampreias, classificadas como ágnatos.

Os ágnatos recebem este nome por não apresentarem maxilas e terem a boca circular.

Todos os demais craniados apresentam maxilas e por isso são chamados gnatostomados.

As feiticeiras podem atingir cerca de 1 m de comprimento. São exclusivamente marinhas e vivem a mais de 25 m de profundidade.

São carnívoras, alimentam-se principalmente de pequenos poliquetas, crustáceos e peixes moribundos.

As lampreias são principalmente ectoparasitas de peixes, golfinhos e baleias.

Chegam a medir 1 m de comprimento e têm, além do crânio pouco desenvolvido, vértebras rudimentares.

 Ocorrem tanto no mar como em água doce de regiões temperadas.

Estrutura

Os vertebrados têm estruturas que permitem que o seu tamanho corporal se apresente maior.

 Possuem órgãos importantes com melhor proteção.

A coluna e o crânio formam o esqueleto axial, a cauda e a caixa torácica (formada pelas costelas) fazem parte desse esqueleto.

Essa caixa torácica protege alguns dos órgãos vitais, tais como o coração e os pulmões.

Ossos e cartilagens formam as nadadeiras, braços, pernas e asas, esses fazem a representação do esqueleto apendicular..

Exemplos de animais vertebrados

·         Aves: Ema, galinha, beija-flor, pinguim, joão-de-barro etc

·         Peixes: Arraia, barracuda, cavalo-marinho, tubarão, peixe-bruxa, lampreia, peixe-palhaço, dourado etc

·         RépteisSerpente, tartaruga, jacaré, lagarto, cobra-de-duas-cabeças etc

·         Anfíbios: Rã, sapo, perereca, cobra-cega etc

·         Mamíferos: Gato, cachorro, macaco, leão, onça, vaca, ser humano, etc


O beija-flor é um animal vertebrado do grupo das aves (Foto: depositphotos)


O peixe faz parte dos animais vertebrados (Foto: depositphotos)

O jacaré é um animal vertebrado do grupo dos répteis (Foto: depositphotos)

O jacaré é um animal vertebrado do grupo dos répteis (Foto: depositphotos)

O macaco é um animal vertebrado do grupo dos mamíferos (Foto: depositphotos)

Referências

» WINCHELL, Christopher J. et al. Avaliando hipóteses de filogenia de deuterostome e evolução de cordados com novos dados de DNA ribossômico de LSU e SSU. Biologia Molecular e Evolução, v. 19, n. 5, p. 762-776, 2002.

» POUGH, F. Harvey; HEISER, John B.; MCFARLAND, William N. A vida dos vertebrados. São Paulo: Atheneu, 2003.




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