BIOLOGIA – PROFa Cida Fernandes
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30 DE JUNHO DE 2020
GIMNOSPERMAS
As gimnospermas são plantas vasculares (possuem
vasos condutores de seiva) e que apresentam sementes “nuas”. A denominação
de sementes nuas deve-se ao fato de que as gimnospermas não possuem sementes no
interior de frutos. A seguir vamos aprender mais sobre esse importante
grupo vegetal, que inclui, por exemplo, os pinheiros e a araucária.
→ Características
As
gimnospermas fazem parte do grupo das plantas vasculares com sementes, assim
como as angiospermas.
Entretanto, nas gimnospermas observa-se a ocorrência de sementes sem a
presença de frutos envolvendo-as.
Nas
gimnospermas, não se observa a presença de flores, sendo, em alguns casos, o
estróbilo chamado erroneamente dessa forma. Os estróbilos, também
chamados de cones, são, na realidade, estruturas reprodutoras
que possuem folhas modificadas capazes de produzir esporos. Nas gimnospermas,
encontramos estróbilos capazes de produzir pólen e estróbilos capazes de
produzir óvulos.
Por
serem plantas vasculares, as gimnospermas destacam-se pela presença
de xilema e também de floema. O
corpo dessas plantas é organizado em raiz, caule e folhas,
sendo importante destacar que em muitas espécies observa-se o crescimento em
espessura (crescimento secundário).
→ Semente
O surgimento da semente, sem dúvidas, foi essencial para a evolução das plantas vasculares. Essa estrutura forma-se a partir do desenvolvimento do óvulo e, nas gimnospermas, não se encontra envolta por frutos. Todas as sementes são formadas por três partes básicas: o embrião, a reserva nutritiva e um envoltório. As principais funções da semente são: proteger o embrião e garantir a dispersão da planta.
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→ Ciclo
de vida das gimnospermas
O
ciclo de vida das gimnospermas é mais complexo do que aquele
observado em briófitas e pteridófitas. Nesse grupo, na maioria dos seus
representantes, não se observa a presença de gametas masculinos flagelados, que
necessitam de água para a reprodução, com exceção das cicadófitas e Ginkgo.
Nas gimnospermas, observa-se a presença de grãos de pólen, que
são os responsáveis por garantir que os gametas masculinos cheguem até o gameta
feminino.
Vamos
descrever aqui o ciclo de vida de um pinheiro, uma típica espécie de
gimnosperma. Começaremos o ciclo a partir da planta adulta, que é a fase de
esporófito, a fase dominante no ciclo de vida nesse grupo de plantas. Vale
destacar que o ciclo dessa planta, assim como das outras espécies de plantas,
possui alternância de gerações, em que verificamos a alternância
entre uma fase de esporófito (diploide, 2n) e outra de gametófito (haploide,
n).
.
O
esporófito do pinheiro possui estruturas chamadas de estróbilos ou
cones, que apresentam escamas onde estão localizados seus esporângios (estrutura
onde são produzidos os esporos). Dois tipos de cones podem ser observados:
alguns pequenos produtores de pólen (estróbilos masculinos) e
alguns maiores onde são produzidos os óvulos (estróbilos
femininos).
É
comum observar, na maioria das gimnospermas, os estróbilos masculinos na parte
mais baixa da árvore e os estróbilos femininos na parte superior, o que dificulta
que a planta seja polinizada pelo pólen produzido por ela mesma.
Os
cones produtores de pólen possuem células chamadas de microsporócitos ou células-mãe
de micrósporo, que sofrem meiose e produzem quatro micrósporos (esporo
que se desenvolve no gametófito masculino) haploides.
Esses
micrósporos desenvolvem-se no grão de pólen. O grão de pólen é
formado por duas células protalares (que não apresentam função
aparente), uma célula do tubo e uma célula geradora, sendo, nessa fase, o
microgametófito (gametófito masculino) imaturo.
Já
nos cones femininos, encontramos os óvulos, que são formados pelo núcleo
multicelular ou megasporângio (esporângio onde os megásporos são produzidos), o
qual é envolto por um tegumento que apresenta uma abertura chamada de
micrópila.
Em
cada um dos megasporângios, observa-se a presença de apenas
megasporócito ou célula-mãe do megásporo, o qual sofre meiose e forma
o megásporo (esporo que se desenvolve no gametófito feminino) haploide.
São formados quatro megásporos no final da divisão celular, porém apenas um
deles é funcional e desenvolve-se em megagametófito (gametófito feminino).
Os
grãos de pólen (microgametófito parcialmente desenvolvido) são liberados e
levados pelo vento. Esse grão de pólen pode, então, atingir a escama de um cone
feminino. Essa transferência do grão de pólen é denominada polinização.
Após
a polinização, o grão de pólen é levado por meio de
substâncias produzidas nas escamas, através da micrópila, até o megasporângio. Ele,
então, germina formando o tubo polínico, que é
responsável por transportar o gameta masculino até a oosfera. No megasporângio,
ainda não ocorreu a meiose.
Quando
consideramos o pinheiro, podemos observar que, aproximadamente um mês após a
polinização, forma-se o megagametófito. O megagametófito, então, desenvolve-se
e forma os arquegônios. Esse processo é demorado e pode ser estendido por mais
de um ano nessas plantas.
O
grão de pólen germinado segue lentamente seu caminho, com o tubo polínico
crescendo através do tecido do megasporângio até o megagametófito, que ainda
está se desenvolvendo. A célula geradora do grão de pólen forma uma célula
estéril e uma célula espermatogênica, que se divide formando os gametas
masculinos. Nessa etapa, dizemos que o grão de pólen é o
microgametófito maduro.
O
tubo polínico atinge a oosfera e descarrega os dois gametas masculinos no interior
desse gameta feminino. Um dos núcleos do gameta masculino funde-se ao núcleo da
oosfera, e outro sofre degeneração. Geralmente, no megagametófito dessas
plantas, verifica-se a formação de vários arquegônios e, consequentemente,
várias oosferas.
Com isso,
há a fecundação de mais de uma oosfera e consequentemente o início da formação
de vários embriões no interior de um único óvulo. Esse fenômeno é chamado de poliembrionia. Vale
destacar, no entanto, que, apesar da poliembrionia acontecer, geralmente, apenas
um embrião sobrevive.
Após
a fecundação, cada óvulo desenvolve-se em semente. A
semente cai no solo e, se encontrar um ambiente adequado, germina, dando origem
a um novo esporófito.
→ Classificação
das gimnospermas
Atualmente,
observa-se a presença de quatro filos de gimnospermas com representantes
viventes. São eles:
Os pinheiros fazem parte do grupo das coníferas.
·
Coniferophyta: sem
dúvidas, o maior grupo de gimnospermas. Nele, encontramos as famosas coníferas.
Como exemplo de conífera, temos os pinheiros e sequoias. Nesse filo,
encontramos mais de 600 espécies distintas.
As cicas são plantas utilizadas na ornamentação.
·
Cycadophyta:
grupo com gametas flagelados. Outra característica marcante é que nas
cicadófitas temos plantas com folhas que lembram as palmeiras. Como exemplo de
cicadófita, podemos citar as cicas.
·
Ginkgophyta: grupo que possui apenas uma espécie vivente que é o Ginkgo biloba. Nessas plantas, observa-se também a presença de gametófito masculino flagelado. As folhas dessa planta assemelham-se a um leque.
Ginkgophyta: grupo que possui apenas uma espécie vivente que é o Ginkgo biloba. Nessas plantas, observa-se também a presença de gametófito masculino flagelado. As folhas dessa planta assemelham-se a um leque.
A Welwitschia é uma planta encontrada em desertos da África.
·
Gnetophyta: grupo
que possui três filos (Welwitschia, Gnetum e Ephedra). Nesses três
gêneros, encontramos características que os aproximam das angiospermas, como os
cones, que são bastante similares às inflorescências.
Araucária, também chamada de pinheiro-do-paraná, é um exemplo de gimnospermas.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos.
"Gimnospermas"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/gimnospermas.htm. Acesso em 25 de
junho de 2020.
PINUS – PINHEIRINHO DE JARDIM
Araucária angustifolia – PINHÃO DO PARANÁ
CICADÁCEA
CICLO DE VIDA DAS GIMNOSPERMAS
FORMAÇÃO DA CÉLULA FEMININA DA PLANTA ARAUCÁRIA
FORMAÇÃO DA CÉLULA MASCULINA DA ARAUCÁRIA
A DIVISÃO DOS
CROMOSSOMOS (n)
O grão de pólen e a célula espermática –célula germinativa
e célula vegetativa
A FORMAÇÃO DA OOSFERA
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