A CONQUISTA DO AMBIENTE TERRESTRE PELOS VEGETAIS- ESCOLA JOÃO LUIZ DE GODOY MOREIRA - E.M. 3ª SÉRIES A, B, C, D.- SEMANA DE 30 DE NOVEMBRO A 04 DE DEZEMBRO
A
ORIGEM DA
Os vegetais são seres autótrofos, ou seja, seres que conseguem produzir seu próprio alimento através de um fenômeno que chamamos de fotossíntese.
Para
que qualquer vegetal consiga realizar esse processo, ele necessita de luz, gás
carbônico e água.
Hoje
em dia, sabemos que os vegetais são a base da cadeia alimentar e que grande
parte dos seres vivos depende desse fenômeno para sobreviver.
No
entanto, nem sempre foi assim, pois muitos estudiosos acreditavam que os
vegetais conseguiam seu alimento diretamente do solo.
Jan
Baptist Van Helmont foi um dos primeiros a observar
como ocorria a nutrição das plantas.
Após
colocar uma planta de salgueiro em um vaso de cerâmica e aguá-la
constantemente, ele observou que, ao final de cinco anos, a planta havia
crescido e se desenvolvido bem e que a quantidade de terra no vaso continuava a
mesma.
A
partir dessa observação, ele concluiu que os vegetais conseguiam produzir todas
as substâncias de que necessitavam a partir da água e não do solo como
imaginavam.
No
ano de 1727, o cientista inglês Stephan Hales divulgou, após
algumas pesquisas, que os vegetais utilizavam o ar para produzir as substâncias
de que necessitavam e, em 1772.
Joseph
Priestley fez uma descoberta muito interessante. Ao colocar uma planta
e uma vela dentro de um recipiente, ele observou que a vela não se apagava e
que o fato de ela não se apagar estava ligado à presença da planta dentro do
mesmo recipiente.
Depois
desse e de outros experimentos, Priestley verificou que o ar permanecia puro e
respirável por causa das plantas e que elas eram capazes de produzir
substâncias para purificá-lo.
Em
1796, Jan Ingen-Housz refez os experimentos de Priestley confirmando-o
e, a partir de outras pesquisas, concluiu que apenas as partes verdes das
plantas eram capazes de “purificar o ar”.
Em
1804, Nicholas de Saussure chegou à conclusão de que a água
também tinha importante participação nesse processo de produção de substâncias
pelas plantas e demonstrou também que na presença de luz as plantas absorviam
gás carbônico e liberavam oxigênio, sendo que no escuro ocorria o inverso.
No
ano de 1905, Blackman, pesquisando sobre os efeitos que a
concentração de gás carbônico, a luminosidade e a temperatura tinham sobre o
processo fotossintético, descobriu que no fenômeno da fotossíntese havia dois
tipos de reações, as que ocorriam na presença de luz e as que ocorriam no escuro.
No
ano de 1920, Van Niel, um estudante de graduação da Universidade de
Stanford, a partir de estudos feitos com bactérias, sugeriu que era a água e
não o dióxido de carbono que se degradava gerando o oxigênio na
fotossíntese.
Melvin
Calvin, Andrew Benson e seus
colaboradores confirmaram as conclusões de Van Niel e a partir de outros
experimentos conseguiram identificar qual era o papel do carbono no processo
fotossintético, além de elucidarem como os aminoácidos, carboidratos e outros
compostos orgânicos eram produzidos no processo fotossintético.
Por esse estudo, Calvin foi premiado, no
ano de 1961, com o Prêmio Nobel de Química.
Na
década de 1960, os cientistas H. P. Kortshak, M. D. Hatch e C.
R. Slackdescobriram que nas plantas superiores ocorria outro ciclo além do
ciclo já explicado por Calvin. A esse novo ciclo deu-se o nome de Ciclo dos
Ácidos Dicarboxílicos.
As plantas são organismos que se
originaram de algas verdes (Reino Protista),
Sendo a semelhança entre as suas
clorofilas (a e b) o fator indicativo disso.
Se pararmos para pensar um pouco, vamos ver
que as algas representam um grupo eminentemente aquático, enquanto as plantas,
de modo geral, estão mais bem representadas no meio terrestre.
Ou seja, em um dado momento, houve uma
transição do meio aquático para o terrestre, levando a inúmeras adaptações por
parte dos vegetais.
Um fator óbvio associado a essa passagem é a
menor disponibilidade de água no meio terrestre. Em razão disso, foram
selecionados mecanismos para evitar a perda de água entre as plantas, como a
cutícula de cera que envolve principalmente as folhas, tornando-as
impermeáveis, e os estômatos, estruturas responsáveis pelo controle de entrada
e saída de gases e de água pelas folhas.
Outras estruturas importantes são
as raízes - para a ancoragem e a absorção de água e nutrientes do solo - e o
caule - para a sustentação (antes provida pela água, mais densa, na qual as
algas estão imersas).
Na reprodução, também temos agora
meios que independem da água para o "trânsito" dos gametas, associado
a um sistema de dispersão por meio de sementes.
Na classificação dos vegetais,
observamos a influência dessa transição: as briófitas (musgos) se separam dos
outros grupos em razão da ausência de um sistema condutor de água, motivo pelo
qual têm seu tamanho limitado a poucos centímetros.
As pteridófitas (samambaias)
possuem vasos, mas ainda não produzem flores nem sementes, limitando sua
dispersão.
As gimnospermas (pinheiros)
possuem vasos, flores e sementes, mas não desenvolvem frutos para a proteção
das sementes, reduzindo seu sucesso reprodutivo e dispersão se comparadas às
angiospermas (com frutos)....
VÍDEO SOBRE A CONQUISTA DO AMBIENTE TERRESTRE PELAS PLANTAS-
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